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A Humanidade  e os  Imóveis

   Imóveis são parte do cotidiano de boa parte da população,  no Brasil e no mundo.    Muitos começam e terminam o dia,  trabalham,  se divertem e realizam muitas outras atividades dentro de um imóvel.

   Por isso,  para o futurologista do morar,  Marcos Araújo,  é importante que os setores ligados a construção e ao mercado imobiliário ofereçam em conjunto soluções que tenham em mente o bem-estar dos moradores e as tendências de mercado que acompanham as mudanças na sociedade.

   Marcos Araújo explica quais são as principais tendências atuais,  como o mercado se adapta para atender o novo consumidor e outros assuntos que estão em alta no setor.

   A relação da indústria e o mercado imobiliário é muito próxima.    A diferença entre as duas é a humanização,  já que a construção lida mais com o produto (a parte concreta do imóvel),  e o mercado tem foco no consumidor.    Um exemplo de como essas duas coisas podem acontecer de forma harmônica é a redução no número de paredes que os imóveis possuem.   Isso não acontece por acaso,  mas sim porque a quantidade de pessoas por domicílio,  segundo o IBGE,  caiu de 3,8 para 2,8 pessoas entre os censos de 2000 e 2022.

   Neste momento o consumidor moderno está mais a procura por conceito imobiliário,  o qual está tendo uma grande demanda.  Não é mais sobre quantos quartos,  garagens ou metros quadrados o imóvel tem,  apesar de serem ainda métricas muito importantes,  se busca muito mais o significado profundo do morar,  o que se torna a identificação com o propósito do empreendimento.   Quando isso acontece,  o preço também já não é tão importante.   Então a grande métrica do século 21 é o significado profundo do propósito do morar.

   Nós estamos vendo nascer uma geração que está na “velocidade 2.0”,  não só as crianças mas os pais delas também.   E uma forma que nós temos para sair desse estado e voltar para a velocidade natural do nosso cérebro é por meio da experiência que temos em nossas casas,  como preparar uma comida ou passar um tempo com a família.   Então facilitar essas experiências é uma forma de melhorar o dia a dia das pessoas por meio do espaço que eles habitam.

   Morar é um ato de amar,  sendo também uma necessidade primária da nossa espécie,  que criou um sistema (mercado imobiliário) para atender essa necessidade.   A inovação e o ESG também vem justamente para atender as necessidades humanas,  que se refletem no mercado.   Por isso,  esses temas são tão importantes para a indústria de imóveis,  por que temos uma geração que observa esses critérios nas empresas e os considera fundamentais.

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